Portugal
está num beco sem saída. Não posso dizer outra coisa depois te ter vivido os últimos
acontecimentos de demissões e arrependimento.
Como
já viram, só actualizo o Blog quando sinto necessidade de expressar aquilo que
me vai na alma. E hoje é um dia desses.
Então,
estamos a assistir há uma semana, “jour pour jour” a uma autêntica função “circense”
(de circo).
A
cabeça pensante dos planos de austeridade, o Vítor Gaspar, abandonou o Barco, consciente
que a sua política financeira já não funcionaria. Mas então, como é que o governo
que tanto defendeu a sua política de austeridade e de altos impostos, indo
mesmo além dos requerimentos iniciais da Troika, ainda se mantem em funções? É minimamente
inacreditável!
Mas
este governo toca bem no fundo, quando o agora antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros, fazendo dotes de grande
oportunista, se demite dizendo que a sua decisão era irrevogável e que seria um
simulador se ficasse no governo e uns dias depois, também com dotes de grande
oportunista, decide ficar no governo fazendo chantagem, provavelmente, para
ficar com um título inventado neste país: Vice
primeiro-ministro. Isto é o nunca visto! Nunca vi pessoas tão agarradas ao
Poder num país que se considere democrático. Esta necessidade de permanência no
poder e esse sentimento de ser-alguém a custa de tudo e todos, lembra-me o episódio
infeliz de Durão Barroso, quando decidiu deixar de ser o Primeiro-ministro eleito
para ir ser um títere que agora é chamado “Presidente da União Europeia”. Só
visto.
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