segunda-feira, 8 de julho de 2013

Crise política! Só visto!

Agora veio o Mario Draghi dizer que Portugal deve diminuir os impostos. Não interessa se esta diminuição vem acompanhada da menção “drasticamente”, como eu já tive a oportunidade de escrever, ou leve, ou alguma, ou etc., etc., etc… o que interessa é que Portugal não irá resolver a crise enquanto a sua política de-venham-mais-impostos e de-venha-mais-austeridade continuar.

Portugal está num beco sem saída. Não posso dizer outra coisa depois te ter vivido os últimos acontecimentos de demissões e arrependimento.

Como já viram, só actualizo o Blog quando sinto necessidade de expressar aquilo que me vai na alma. E hoje é um dia desses.

Então, estamos a assistir há uma semana, “jour pour jour” a uma autêntica função “circense” (de circo).

A cabeça pensante dos planos de austeridade, o Vítor Gaspar, abandonou o Barco, consciente que a sua política financeira já não funcionaria. Mas então, como é que o governo que tanto defendeu a sua política de austeridade e de altos impostos, indo mesmo além dos requerimentos iniciais da Troika, ainda se mantem em funções? É minimamente inacreditável!

Mas este governo toca bem no fundo, quando o agora antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros, fazendo dotes de grande oportunista, se demite dizendo que a sua decisão era irrevogável e que seria um simulador se ficasse no governo e uns dias depois, também com dotes de grande oportunista, decide ficar no governo fazendo chantagem, provavelmente, para ficar com um título inventado neste país: Vice primeiro-ministro. Isto é o nunca visto! Nunca vi pessoas tão agarradas ao Poder num país que se considere democrático. Esta necessidade de permanência no poder e esse sentimento de ser-alguém a custa de tudo e todos, lembra-me o episódio infeliz de Durão Barroso, quando decidiu deixar de ser o Primeiro-ministro eleito para ir ser um títere que agora é chamado “Presidente da União Europeia”. Só visto.

Sem comentários:

Enviar um comentário