segunda-feira, 22 de julho de 2013

A Decisão do Presidente da República

Verdade seja dita, o Presidente não podia fazer outra coisa se não dar continuidade ao actual governo. E isso leva-me a uma conclusão, o Presidente está e estará entre a espada e a parede. O Cavaco ou fica para a historia como o pior Presidente ou fica como aquele que ajudou a que Portugal não se afundasse ainda mais. Mas, pode ser escrito preto no branco que se Portugal vier a precisar de um segundo resgate, na forma e no montante que for, com certeza que ficará na história como o pior dos piores.

Há várias razões pelas quais o Presidente não podia convocar novas eleições: primeira, ele não tem a coragem suficiente para o fazer, o Cavaco cada vez que o oiço, faz-me lembrar o Pôncio Pilatos; segunda, o PS não é uma alternativa ao governo (mas então não foi o PS que deu passo a este governo?), terceira, Portugal depende dos mercados e enquanto depender deles e das suas especulações financeiras, um câmbio de governo neste momento, saído de uma iniciativa presidencial, só viria acrescentar mais crise à crise.

Porém, o Cavaco esquece-se que a “Crise” politica que nos conduz a este dilema foi provocada precisamente por uma fraca aliança política entre o PSD e o CDS-PP. Ninguém pode dizer que o vivido depois da demissão do Vítor Gaspar e da demissão-revogável do Paulo Portas não irá repetir-se. Essa certeza, ninguém a tem, mas é certo que agora há mais hipóteses que este governo chegue ao fim do mandato, porque o Paulo Portas já tem o seu novo cargo de Vice-primeiro-ministro.

Quando criança sempre ouvia as pessoas dizerem que “até por dinheiro baila o macaco”, neste caso poderíamos afirmar que com mais poderes o “irrevogável devém revogável”.

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